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Ladrão que rouba ladrão

The Heist assinala a entrada de Richard Brooks na linha da farsa. Este diretor, após o início de promissora carreira em Hollywood, passou, nos fins da década de 1950, a ser supervalorizado pela critica francesa - muitos desses endeusadores viram nele coisas que os olhos mortais não conseguiam. De qualquer modo, tem uma filmografia, com mais altos que baixos, embora sem nenhuma obra definitiva, daquelas destinadas à história da chamada sétima arte.
Com este filme - de evidentes objetivos menores - escrito por ele mesmo numa espécie de realização onde outros, mais experimentados, dão com os burros n'água. Mais um roubo de banco meticulosamente planejado - e quantos já não o foram, dentro e fora do cinema?
Mas, desta vez não se trata de uma quadrilha, nem sequer um conluio de grandes
experts atuando em equipe, como o decretaram as matrizes tipo O Segredo das jóias (The Asphalt Jungle), de John Huston, ou Rififi, de Jules Dassin. Agora é a atuação solitária e cerebral. de um funcionário, encarregado exatamente dos dispositivos de segurança de um banco, localizado em Hamburgo, e tendo apenas a namorada como auxiliar em tarefas bastante secundárias como dar telefonemas ou carregar sacolas ou valises.
Em grande parte as filmagens foram feitas,
in loco, em Hamburgo; parte menor em Copenhagen e outras cidades. O tratamento das cores manifesta-se extremamente agradável, bem como a fluência das imagens com a câmara circulando, detectando, enfim, trabalhada de maneira ágil.
Bolado pelo protagonista, o sistema de segurança do banco é dos mais complexos e evoluídos: olhos eletrônicos, circuito interno de televisão poderosas paredes de aço. Aproveitando-se do conhecimento sobre as manobras fraudulentas de alguns clientes, que depositam dinheiro e valores na caixa-forte, ele arquiteta seu plano engenhoso e leva-o a cabo, apesar de, no desfecho, ser obrigado a enfrentar a perseguição inclemente de alguns dos lesados - essa parte da perseguição alongada em demasia, é a pior do filme.
O
happy-ending dos namorados mais uma vez demonstra como ficou espectral o antigo moralismo de Hollywood de que, obrigatoriamente, para o enredo, o crime não compensa. Warren Beatty não convence muito no papel principal. Goldie Hawn, ao contrário, valoriza seu tipo. E, Gert Frobe como o diretor do banco faz lembrar os seus tempos mais ágeis quando personificava o detetive que perseguia o diabólico Dr. Mabuse.

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